sexta-feira, 28 de setembro de 2012

O Valor de Seu Voto 2

Créditos Autorais 
Imagem: G1 Bahia



O resultado da pesquisa de intenção de voto, divulgada no último dia 27/09/2012, realizada pelo IBOPE, mostra mais que as oscilações dos candidatos a prefeito. É natural que as atenções sempre estejam voltadas para os candidatos que ganharam ou perderam possíveis votos. Mas, não vou falar da posição do meu candidato nem de nenhum outro aspirante a chefe do executivo municipal da Cidade de Salvador.

Direciono meu telescópio, neste momento, para um fato importante que as pesquisas mostram sobre os votos brancos e nulos. Nessas últimas intenções, este tipo de voto inválido perdeu alguns pontos percentuais. Um ponto importante para a cidadania e para o senso de coletividade. As pesquisas apontam ainda a diminuição dos eleitores indecisos em sua intenção de voto.

Isso significa também que a campanha nefasta do voto nulo que circulava nas redes sociais não vingará nestas eleições. No próximo dia sete de outubro, independente de quais sejam seus candidatos para prefeito e vereador, o importante é que seu voto seja consciente e limpo. 

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Está Chegando a Hora de Votar


Créditos Autorais 
Reportagem: Band Bahia
Texto do post: Wilson Menezes


Está chegando o momento de votarmos por uma Cidade melhor. Questões político-partidárias a parte, é preciso estar atentos para as propostas que estão sendo apresentadas à população como solução para as demandas sociais de Salvador. Por isso, cada voto é importante para o futuro da população soteropolitana. Pense nisso!

Uma reportagem veiculada na TV, no último dia 21 de setembro, reforça um assunto do qual já tratamos no artigo O Valor de Seu Voto, postado no mês de agosto. 

      

sábado, 22 de setembro de 2012

Dia Mundial do Pedestre, Um Dia Sem Carro!

Créditos Autorais 
Texto e Imagem:Wilson Menezes
Imagem:Web/diasemcarro


Um dia simbólico para refletir sobre as alternativas para a mobilidade urbana. As cidades do século XXI anseiam por soluções para a falta de mobilidade que não sejam as velhas construções de viadutos e elevados ou erradicação de espaços públicos. O mundo está se transformando, os pensamentos se convergem para as alternativas sustentáveis para o planeta Terra.

Os principais agentes poluidores deveriam estar com os dias contados, mas, infelizmente, muitos desses agentes continuam em plena produção, como é o caso dos automóveis. Os veículos automotores individuais são, cada vez mais, usados no deslocamento de pessoas para curtas distâncias. As vias terrestres estão saturadas, prejudicando a mobilidade e, sobretudo, a qualidade de vida da população. Contudo, cresce o número de pessoas que aderem aos movimentos coletivos em prol do uso de bicicleta e outros meios de deslocamento não agressivo ao meio ambiente, isto é, alternativa sustentável.
  
O uso da bicicleta e o deslocamento de pessoas a pé, em curtas distâncias, mostram-se o caminho mais viável para evitar o colapso que se prenuncia no sistema viário das grandes cidades brasileiras. Entre os maiores entraves que dificultam a popularização desses meios de circulação, estão dois aspectos da sociedade brasileira: a percepção de status social que o automóvel proporciona ao seu proprietário e a resistência de muitas pessoas, economicamente favorecidas, para sair da zona de conforto na qual se encontram. 

Por outro lado, é preciso que o Poder Público e segmentos da sociedade civil reconheçam que existem pessoas que usam ou gostariam de adotar a bicicleta e/ou o deslocamento a pé como forma de mobilidade e acessibilidade em seu cotidiano. Mas, para isso, são necessárias infraestruturas urbanas adequadas que proporcionem segurança e viabilidade física a essa parcela da população.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

I Seminário Coproduzindo Bens Públicos em Salvador!



I Seminário Coproduzindo Bens Públicos em Salvador! 
Escola de Administração da UFBA, dia 27 de setembro de 2012.
Com a participação de novos movimentos sociais urbanos, neste seminário vamos discutir um diferente modo de compreender e ativar políticas públicas.
Visite o Blog [www.coproduzindosalvador.blogspot.com] e participe!



terça-feira, 18 de setembro de 2012

O Preço da Mobilidade Moderna


Créditos Autorais 
Texto e Imagem:Wilson Menezes
Indicadores:IBGE, DENATRAN

Quando não existirem mais calçadas nem canteiros, por onde passarão os carros? Inicialmente, esta sentença pode perecer sem sentido, apenas uma metáfora. Mas, pelo andar da carruagem, ou melhor, pelo crescimento da frota de veículos, em um futuro muito próximo, a população terá que discutir essa questão do mesmo modo como hoje discutimos a mobilidade nos centros urbanos. Nos últimos anos, o espaço destinado ao deslocamento de pessoas a pé está sendo reduzido para a ampliação de áreas de circulação de veículos automotores.

Em Salvador, muitos canteiros centrais já não existem mais, outros foram reduzidos ou transformados em guias divisórias de pista de rolamento. Árvores centenárias são erradicadas por estarem na rota das novas vias de trânsito. Os velhos rios que cortam a cidade são vistos como córregos e se tornaram esgotos ao logo dos anos. Atualmente, muitos desses rios estão sufocados sob grandes lajes de concretos, lastro da propagada mobilidade urbana.  

Mobilidade, um termo reformulado para o século XXI, tornou-se a palavra chave para os problemas gerados pelo adensamento das vias urbanas. Trânsito, fluxo viário, acessibilidade, tráfego etc. agora, para muitas pessoas, tudo isso é mobilidade urbana. Contudo, esse processo para resgatar a mobilidade humana, perdida com a chegada dos veículos automotores, pode ser visto, popularmente falando, como um ato de enxugar gelo em virtude do aumento da frota de veículos no território brasileiro.

A frota nacional de veículos automotores cresceu mais de 100% nos últimos dez anos. Os dados do DENATRAN mostram que, no ano 2000, o Brasil possuía, aproximadamente, 30 milhões de veículos. Em abril de 2012, alcançou 72,3 milhões, destes 40,6 milhões são automóveis de passeio. Contudo, cerca de 67,6 milhões de domicílios foram visitados pelos recenseadores do IBGE, nos 5.565 municípios brasileiros, através dos quais foi constatado um crescimento de 12,5% da população brasileira, nesse mesmo intervalo de tempo. O censo mostra ainda que 84% da população estão nos grandes centros urbanos.

Se o crescimento da frota se mantiver no mesmo ritmo atual, as intervenções feitas para solucionar as demandas da falta de mobilidade terão poucos tempo de validade e todo o caos retornará, caso tenha chegado a desaparecer.  

Em um determinado momento, a sociedade vai entender que, talvez, a solução para a mobilidade urbana não esteja na deformação do meio ambiente, mas na mudança do modo e dos meios  como o homem moderno se locomove e pensa.


sábado, 15 de setembro de 2012

As Eleições dos Banners Políticos


Créditos Autorais 
Texto e Imagem:Wilson Menezes

Não se pode negar o quanto a Lei Eleitoral evoluiu com relação às regras da propaganda eleitoral. Obviamente que ainda há pontos a serem afinados, mas, se for tomado por base a primeira eleição pós-regime militar, em 1982, na qual quase não havia regras definidas, é possível observar que muitos expedientes de divulgação de campanha foram proibidos na Lei Eleitoral atual.
  
De 1982 até as eleições de 2010, tivemos que conviver com pichações e cartazes de candidatos em muros, bens públicos e postes, os quais permaneciam de um pleito para outro. Houve ainda a fase dos outdoors e faixas fixadas nas passarelas das principais avenidas da cidade. Isso sem falar nos showmícios com direito a palco e trio elétrico para alegrar o eleitorado.  Lamentavelmente, os carros de som e seus jingles sobreviveram e continuam nas eleições 2012 para a alegria de muitos candidatos.

Estas eleições 2012 ficarão marcadas pela popularização dos banners políticos que se espalharam por todos os lugares onde podem ser fixados, provisoriamente, no solo, sobretudo nos canteiros centrais e nas margens das principais vias públicas. Contudo, existe uma questão por trás dos inocentes banners que gostaria de abordar e que diz respeito ao perigo do banner para a população.

Pelas regras eleitorais, o banner pode ter no máximo 4m² de dimensão, mas existem vários tamanhos e formatos dentro desse limite nas ruas. O problema é que muitos desses materiais são mal fixados e acabam caindo nas vias, nos passeios ou até mesmo sobre as pessoas ou veículos. Ainda não tive conhecimento de acidente envolvendo banner de candidato, mas me deparai com alguns banners desses bloqueando a pista de Cooper, hoje, quando corria na orla, próximo ao Jardim de Alah.

Não sei como estar sendo feita a fiscalização desse tipo de propaganda, entretanto, apesar de os banners serem, geralmente, confeccionados com madeira e lona, é preciso estar atento para estas situações perigo.


quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Um Boa Resposta


Créditos Autorais 
Imagens: Lídia Santos e Wilson Menezes


Sem buracos, sem carros, agora a calçada é dos pedestres. Em 05/07/2012, estivemos na Rua Padre Feijó para registrar as péssimas condições de algumas calçadas. Voltamos, em 10/09/2012, e, felizmente, constatamos que a calçada foi reformada e instaladas balizas de concreto para impedir o acesso de carro naquele trecho. Parabéns aos responsáveis por essa atitude. Esperamos que outras ações possam acontecer apenas pela própria necessidade de ser feito. Mas, enquanto isso não acontece, precisamos da participação das pessoas que vivem os problemas diariamente nas ruas de Salvador.    

Rua Padre Feijó em 03/07/2012




Rua Padre Feijó em 10/09/2012 






quarta-feira, 12 de setembro de 2012

1º Concurso de Vídeo e Fotografia Vida de Pedestre em Salvador


Créditos Autorais 
Imagem: Iago Ítã

Projeto Vida de Pedestre, em parceria com estudantes do Curso de Graduação Tecnológica em Gestão Pública e Gestão Social da Universidade Federal da Bahia - UFBA, promove o 1º Concurso de Vídeo e Fotografia com o tema Vida de Pedestre em Salvador: O difícil cotidiano dos pedestres soteropolitanos. Este concurso, de caráter social, visa despertar para a cidadania e contribuir para a discussão acerca das dificuldades encontradas diariamente pelos pedestres que transitam na cidade de Salvador, não havendo nenhum envolvimento de caráter político/partidário neste projeto. 






terça-feira, 11 de setembro de 2012

Transitando - II Seminário sobre Segurança no Trânsito da Bahia


Esse seminário é uma boa oportunidade para se discutir e cobrar dos gestores, das instituições ligadas ao trânsito, políticas públicas que contemplem não só a mobilidade de veículos, mas também a acessibilidade de pessoas com comodidade e segurança nas vias públicas.

Créditos Autorais 


As inscrições para o Transitando - II Seminário sobre Segurança no Trânsito da Bahia, já estão abertas. O evento, que acontece durante a Semana Nacional de Trânsito da Bahia, vai promover um encontro das principais instituições de trânsito e transporte, no intuito de encontrar o melhor caminho na prevenção de acidentes. O seminário será realizado no auditório da Seagri (CAB), de 17 a 21 deste mês, pelas manhãs, a partir das 8h. 

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Diga-me por onde andas e te direi quem és


Créditos Autorais 
Prof. Dr. Horácio Nelson Hastenreiter Filho*
Texto exclusivo para Vida de Pedestre


Conversando com soteropolitanos de todas as classes, níveis educacionais, bairros e regiões de Salvador, observa-se que o que une as percepções em torno do futuro da cidade é juntamente o sentimento de sua falta de futuro. Pensadores qualificados (e outros nem tanto) corroboram com uma visão nostálgica de uma capital da Bahia que era celeiro da produção de talentos culturais, artísticos e políticos que se destacavam não somente no nível regional, mas também nos cenários nacional e internacional. Este saudoso passado de vigorosa presença é contraposto ao atual vácuo de representatividade baiana no cenário nacional, rarefeito apenas pela onipresença da chamada Axé Music.

Em relação ao espaço público, assistimos impotentes ao crescimento desordenado da nossa urbe, sem que soluções efetivas de transporte, habitação e segurança vislumbrem a mitigação da nossa condição de polis de maior densidade demográfica do país. Até mesmo, a nossa condição de destino turístico favorito dos brasileiros foi perdida. O nosso trânsito caótico, a violência crescente e a incapacidade de execução do setor público são percepções comuns, compartilhadas por visitantes das mais diferentes localidades do país, que as externam quando a esses interlocutores nos apresentamos como soteropolitanos.

Deve se observar, no entanto, que apesar do consenso em relação à sensação de abandono da cidade, nem todos os seus problemas são sentidos pelos seus habitantes de forma igual. É desse modo, que o coro dos descontentes e ex-exclusivistas motoristas de automóveis da classe A, que passaram a compartilhar as vias com as classes B e C, em nada se assemelha, em termos de ressonância, à absoluta falta de interesse geral em relação à situação dos corajosos pedestres que insistem em circular por meio das próprias pernas nas vias públicas da primeira capital do Brasil. Mesmo nos bairros mais nobres, como Pituba, Itaigara, Canela e Barra, calçamentos desnivelados e/ou destruídos dão a tona da dificuldade que é ser pedestre em Salvador. Na maioria dos bairros menos agraciados, passeio é quase que um luxo e o os adeptos do pedestrianismo tem que se esgueirar entre ônibus, moto, carros e caminhões, trocando a sua segurança física pela insistência no uso do direito de ir e vir.

Explicar a latência associada ao problema das calçadas nas vias públicas traz para o foco o paradigma ovo-galinha. O que veio antes, o desinteresse das classes mais abastadas de Salvador pelo espaço público e o seu consequente abandono, ou antes, terá sido o abandono deste espaço público que explica o refúgio da elite baiana em condomínios, shopping-centers e espaços privados? O soteropolitano abriu mão de usufruir de um centro histórico que é patrimônio da humanidade, de visitar igrejas, museus e tantos sítios belíssimos e carregados de significados que fariam de qualquer cidade no mundo um destino turístico sem igual. Seria somente mais um reflexo do exclusivismo de nossa elite que prefere andar e estar próximo dos “seus assemelhados” ou, antes, um exagerado descuido dos nossos gestores públicos que vem afastando os habitantes de Salvador do convívio com a cidade? Independente da resposta a esta questão , o fato é que circular hoje pela nossa cidade não se apresenta como uma opção.
 
O maior problema nas perdas de cidadania decorrentes do desleixo público está, no entanto, em nos acostumarmos com elas. Durante as duas últimas décadas o único exercício de cidadania expresso em manifestação contra o poder público tem sido aquele que se observa quando as tarifas de ônibus são majoradas. De resto, aceitamos tudo.

Não se desenvolve uma cidade sem cidadãos e cidadania. Quem sabe se voltarmos a ter calçadas e passeios e espaços para pedestres que nos resgatem o direito de andar nas nossas ruas, não ampliaremos a percepção daquilo que estamos abrindo mão ao não cuidar da nossa cidade? Se é verdade que muito do que é uma pessoa nos é dito por com quem ela anda, a descrição do que é um cidadão não prescinde da qualificação do por onde ele anda. Se o espaço público já não lhe serve mais, a sua cidadania também não lhe será de muita serventia.

*Professor Adjunto da Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia.

domingo, 9 de setembro de 2012

Campanha Nacional "Cerol Não"

Apoiamos a Campanha Nacional “Cerol Não” promovida pelo www.cerol.com.br por entendermos que a iniciativa é muito importante para a conscientização do perigo do uso do cerol na linha de pipa.


Créditos Autorais 
Texto e Imagem: CEROL NÃO


Objetivo da campanha

A Campanha Nacional "Cerol Não" é um projeto social voluntário com duração indeterminada. Não dispõe de nenhuma ajuda governamental, órgão federal, estadual ou municipal. Sua finalidade é a conscientização, prevenção, de acidentes com o uso indevido do cerol.

Objetivo da campanha é orientar motociclistas e ou outros que poderão se acidentar com linhas de cerol; paraquedistas, pilotos de aviões, ciclistas e pedestres etc; orientar adolescentes para não se acidentarem soltando pipas; orientar toda população referente aos perigos do cerol.

Além de ser uma ameaça à integridade física de quem brinca, o papagaio também pode deixar a população sem energia. O cerol e outros materiais utilizados na confecção podem provocar curto circuitos na rede, e muitos consumidores chegam a ter o fornecimento de energia interrompido, em alguns casos.

sábado, 8 de setembro de 2012

Na Linha, a Navalha


Créditos Autorais 

Combater uma prática cultural é muito difícil, pois é necessário mais que reprimir um grupo específico de praticante.  O uso do cerol na linha de pipa é um desses comportamentos perigos, em virtude das trágicas consequências que a linha com cerol pode causa em atrito com o corpo de pessoas ou animais. A lista das potenciais vítimas da linhas com cerol são extensas: motociclistas, ciclistas, pedestres, paraquedistas, animais terrestre e voadores entre outros.

Quando os ventos favoráveis ao vôo das pipas chagam, as atenções devem ser redobrada. E esses ventos parecem que já chagaram em Salvador, pois, no último dia sete, infelizmente, um motociclista foi vítima do cerol e não resistiu aos ferimentos. 
  
Fica o alerta para as pessoas que circulam por áreas, tradicionalmente, usadas para a prática de soltar pipa ou arraia como o Bairro da Boca do Rio e em avenidas de vale. Fica também o apelo às pessoas que ainda existem em usar o cerol na linha de pipa. Esperamos que essas pessoas se conscientizem para as concequencias desse ato desse ato criminoso que ainda faz muitos vítimas em todo o país     


quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Os desafios do transporte em Salvador


Créditos Autorais 
Texto e Vídeo:Band Cidade

Uma frota de quase 800 mil veículos circula atualmente pelas ruas de Salvador. Os engarragamentos não têm mais local e nem horário pra acontecer. Quem depende de transporte público enfrenta um drama ainda maior. Meios alternativos, como sistema de transporte interligado e investimento em ciclovias, são projetos viáveis, mas ainda distante da realidade da cidade.


terça-feira, 4 de setembro de 2012

Os Pontos de Parada de Ônibus de Salvador 2


Créditos Autorais 
Texto e Imagem:Wilson Menezes


A falta de planejamento dos locais onde são instalados alguns pontos de paradas de ônibus de Salvador gera uma série de transtorno às pessoas que usam o sistema de transporte público. Os pontos de paradas se caracterizam pela visível falta de segurança e acessibilidade, muitas vezes, apenas uma placa indicativa, fixada no poste mais próximo, normatiza o local como ponto de ônibus.

Sabemos que a infraestrutura urbanística de Salvador não permite a instalação de abrigos em todos os pontos de paradas sem uma intervenção viária bem planejada, pois as paradas de ônibus provocam impactos no fluxo do trânsito do local. No entanto, cabe ao poder público buscar soluções que promovam melhores condições de uso desses mobiliários urbanos pela população, seja com abrigo ou sem eles.

Existem em Salvador, pelo menos, nove tipos diferentes de abrigos de ônibus espalhados pela cidade. Não nos atentamos para isso, mas é possível encontrá-los em concreto armado, chapa metálica e em vidro e aço inox. Esse último com designer moderno é vistos nos centros comerciais e nas principais ruas e avenidas, são localizados estrategicamente a partir do ponto de vista publicitário, pois são explorados por empresas estrangeiras em regime de concessão pública, enquanto que os modelos tradicionais são usados em bairros periféricos e em locais com baixo potencial consumidor.   

O interessante é que, apesar de Salvador ser uma cidade tropical e de topografia irregular, o designer dos abrigos usados aqui é o mesmo utilizado em países europeus. Em razão disso, quando chove o que se ver são pessoas sobre os assentos, neles instalados, tentando se proteger da água da chuva e dos resíduos arremessados pelos veículos que passam na pista. E quando o sol dá o ar da graça, esses mobiliários urbanos não são capazes de bloquear a radiação solar.

Alguém pode perguntar: por que então esses modelos não foram adaptados para a realidade da cidade? É simples, quando nos estamos esperando o ônibus, pensamos inicialmente que aqueles painéis publicitários ao lado são acessórios do obrigo de primeiro mundo, mas na verdade é o contrário. As empresas ganham dinheiro com os pineis e não com o abrigo. Não parece, mas é a realidade capitalista de nossa sociedade.   

O sistema de transporte coletivo operado por ônibus foi regulamentado em 1971, pois os bondes elétricos foram desativados dez anos antes. Se o sistema de transporte público não acompanhou o crescimento da população de Salvador, o sistema viário também não está dando conta do grande fluxo de veículo em circulação. Desse modo, entendo que a solução para os problemas dos pontos de parada de ônibus está atrelada ao melhoramento dos sistemas viários e do transporte público.    

domingo, 2 de setembro de 2012

Vida de Pedestre na Escola


 Créditos Autorais 

É com grande satisfação que apresento aqui um vídeo muito criativo sobre a vida de pedestre, resultado de um projeto da Escola Municipal Nilda Margon Vaz, da Cidade de Catalão-GO. Parabenizo a escola pela iniciativa e às crianças pela criatividade e cidadania.  


sábado, 1 de setembro de 2012

Os Pontos de Parada de Ônibus de Salvador


Créditos Autorais 
Texto e Imagem:Wilson Menezes
Fonte: CTB

A vida de pedestre nos pontos de parada de ônibus de Salvador também não é nada fácil. O sofrimento provocado pelas péssimas condições dos locais de espera só perde, muitas vezes, para o martírio dentro do transporte coletivo superlotado durante o deslocamento até o destino.  A falta de planejamento urbanístico favoreceu o modo como são instalados os pontos de paradas de transporte público em Salvador, mas o descaso do poder público para esses mobiliários urbanos só agrava a situação.

Não precisa andar muito pela cidade para flagrar várias situações de localização de ponto de parada de ônibus em local inadequado, dos provisórios que ficam uma eternidade, aos explorados por empresas privadas, nenhum oferece de fato condições adequadas para as pessoas que necessitam usá-los. Certamente, serão precisos mais de um artigo para que eu possa falar dos diversos problemas relacionados às paradas de ônibus em Salvador. Desse modo, pretendo nas próximas postagens abortar os principais problemas enfrentados pelos pedestres ao esperar o transporte público nos pontos de paradas da cidade.

Antes de inicias este artigo, consultei o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, no anexo que trata dos conceitos e definições, e constatei que o CTB não traz nenhuma definição para o local da via onde as pessoas se concentram para esperar a passagem do transporte coletivo. Por outro lado, o termo 'via' é definido pelo CTB como “superfície por onde transitam veículos, pessoas e animais, compreendendo a pista, a calçada, o acostamento, ilha e canteiro central.” Logo, a parada de ônibus compõe a via terrestre.

É preocupante o fato de que as paradas de ônibus tenham tido pouca atenção dos legisladores, haja vista que as instalações dessas paradas e de abrigos de ônibus causam grande impacto no sistema de trânsito das grandes cidades, influenciando na mobilidade urbana, na acessibilidade de pessoas nas vias e, sobretudo, na qualidade de vida da população.