segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Agora é sério, Salvador!

Créditos Autorais 
Texto e Imagem: Wilson Menezes

Passado o período efervescente da campanha eleitoral para prefeito de Salvador, volto a postar neste espaço. Estive, propositalmente, ausente nos últimos dias para não correr o risco de discursar em favor de um determinado candidato em detrimento de outro, haja vista que este blog tem como propósito o viés político não partidário, mas eu, como cidadão soteropolitano, não poderia estar alheio às questões partidárias que envolviam os candidatos.

Agora que os soteropolitanos, democraticamente, escolheram os ocupantes do legislativo e o chefe do executivo municipal, iniciam-se os movimentos para as mudanças de Salvador. Se essas mudanças serão significativas e positivas para a população, só saberemos ao final dos próximos quatro anos.

Até o momento, foram apenas promessas e especulações de como tonar Salvador em uma cidade dos sonhos. A partir do primeiro dia de 2013, quando muita gente ainda estiver comemorando a chegado do novo ano, o Sr. Antônio Carlos Peixoto de Magalhães Neto será emposse como Prefeito da capital baiana. Com 33 anos de idade, ele entrará para a história de Salvador como o mais jovem a assumir a chefia do Palácio Thomé Souza, sede do executivo municipal.  Quando o seu avô ACM foi nomeado prefeito de Salvador tinha 39 anos.

São muitos os problemas e demandas a serem enfrentados pelo novo gestor de Salvador. Por isso, desejamos muita sorte ao prefeito eleito de Salvador para conduzir a cidade para um caminho seguro. Espero que todos os soteropolitanos estejam atentos para a coerência entre o discurso da campanha e o discurso pós-eleição. Não importa se votamos ou não no prefeito eleito, pois agora o que importa é o futuro da cidade. Todos devem cobrar as promessas de campanha e fiscalizar as ações da nova gestão municipal.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

História da Vida Real - O Descontentamento de Uma Pedestre

Créditos Autorais 





Rua Cardial da Silva - Rio Vermelho
“Parem o mundo que eu quero descer!!!”

5ª. Feira às 19:30h. Venho eu chegando em casa depois de um dia exaustivo de trabalho. Venho andando ali pela Praça do Acarajé da Dinha. Andando e pensando o quanto nós pedestres estamos sem espaço nas ruas. O Padaria Bar ficou um tempo fechado. Reabriu!!! Não sei se exatamente hoje, mas hoje está aberto. E eu cá com os meus botões! Na verdade não tinha nenhum, mas isso não vem ao caso. Então...venho andando e observando o quanto o pedestre não tem mais espaço nas calçadas. Pois bem, o famigerado bar que reabriu as portas e o seu vizinho, o Passarela Bar, não contentes com o tumulto que causam ao trânsito, resolveram ocupar as calçadas. Não, não só ocupar. Demarcar território, mesmo. As mesas sobre a calçada, e cones, é isso mesmo, cones, em frente aos bares. É mole, ou quer mais? Quer mais né? Porque desgraça pouca é bobagem!!! Eu vinha desse lado da calçada, do mesmo lado dos bares. Como não me cabia ali resolvi atravessar a rua e... cadê calçada, do outro lado da rua? O Bar Europa ocupa toda a calçada. Tudo bem!!! Eu tinha então de andar na rua, próximo à calçada, certo? Errado, pois, na rua próximo à calçada também não é lugar de pedestre é lugar de carro, é estacionamento. Aguardei a moçinha estacionar o veículo para que eu pudesse seguir e atravessar novamente a rua e seguir reto, não pela calçada, claro que não. No início da Cardeal da Silva, sentido federação a calçada ali, há muito já deixou de ser lugar de pedestre e mais uma vez é lugar de carros. Toma sacana, quem manda andar a pé? O IPI do carro tá baixo, compre também você um carro!!! Mas essa é outra história.

Quando estou nessa labuta de anda um pouquinho, para um pouquinho, sobe na calçada, desce da calçada, tento atravessar a rua, não consigo, mais uma tentativa, ainda não, agora sim... enfim consigo chegar ao outro lado da rua. E, eis que vejo uma pessoa descendo a rua correndo, eu o reconheço e ele a mim. Paramos um em frente ao outro e ele nervoso, com as mãos geladas coitado: Meg acabei de ser assaltado, levaram meu celular... dois caras de moto, fiquei com medo de morrer, disse ele. Eu tentando acalmar a criatura: você tá bem? Calma!!! Pelo menos só foi o celular – Ôh, fazer o que?- . Pra onde você vai? Estou indo dar uma aula ali. “TRABALHADORES DO MEU BRASIL!!!” Prá acalmar a criatura conto do meu infortúnio há mais ou menos 3 meses. Eu também fui assaltada, justamente ali, a 20 metros de casa. E agora? Cadê coragem de subir a ladeira. E pior... eu moro ali, eu tenho de passar por esse lugar todos os dias. Quando eu fui assaltada eram 22:30h, era um dia chuvoso, a rua estava deserta. E hoje? Hoje é 5a feira, a rua está cheia de gente, os bares estão lotados, é cedo. “E agora José?” 

Bom...mas não tem jeito, temos de seguir os nossos caminhos. Oremos!!!
Nos despedimos!

Não antes de eu interpelar uma pessoa que estava subindo a ladeira: Moço você prá onde? Posso te “acompanhar” até lá em cima? Meu amigo, Trabalhador do meu Brasil, seguiu - nervoso, de pernas bambas ainda, e sem celular -para dar a sua aula. 

Aí vem um desses prefeituráveis filho da mãe: “No meu governo eu vou aumentar o contingente de policiais nas ruas.” Vai? Vai botar um guarda costas prá cada cidadão? 

Meu senhor! Na minha santa ignorância, eu sei que não é assim que se faz a segurança de uma cidade, não. 

Acorda humanidade!!!!

terça-feira, 16 de outubro de 2012

O Poder do Local

Créditos Autorais 
Texto: Wilson Menezes
Imagem: Web/Google


Brasão da Cidade de Salvador
O fortalecimento do poder local, no atual contexto político do Brasil, ressalta a importância das cidades na configuração social do país. Do poder centralizado do Governo-Geral à descentralização administrativa dos municípios, passaram algumas centenas de anos e vários regimes políticos que deixaram suas marcas no tecido social brasileiro. Contudo, a escala local se torna mais representativa dentro do macro poder geopolítico.

Observa-se em muitas comunidades ou microrregiões do país o crescimento das atividades econômicas e culturais no âmbito local. O resultado disso é a melhoria nas condições de vida da população, o acesso a informações e a produções de conhecimento em âmbito local. Mas apenas isso não é suficiente para um grupo social suprir todas as necessidades demandada por seu território. É preciso a interação com um complexo sistema de relações de poder, o qual deve estar apoiado no lastro da democracia. É possível um movimento direcionado não só aos interesses individuais, mas ao bem comum de toda coletividade.

Diferente do poder protagonizado pelos coronéis latifundiários e das famílias tradicionais que sempre detiveram o poder econômico, o poder local se refere à união de forças e ações organizadas que, através das práticas cidadã, contribuem para o equilíbrio nas relações de poder na comunidade, no bairro e no município. Nesse contexto, o poder local surge do exercício da cidadania de grupos sociais que se mobilizam em prol de causas comuns ao território, apoiado no princípio da participação popular.

Nesse sentido, precisamos entender que os problemas que afetam a Cidade, o bairro ou a nossa comunidade é uma questão comum a todos os indivíduos. E a busca de soluções deve ser coletiva e participativa. É importante que os cidadãos e cidadãs sejam parte desse poder local.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

O Perigo dos Santinhos

Créditos Autorais 
Reportagem original: Youtube



Lamentavelmente, uma senhora morreu em consequência de um escorregão nos “santinhos” dos candidatos espalhados pelas calçadas. O perigo de tais “santinhos” foi recentemente abordado aqui.


segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Resultado... Muita Sujeira

Créditos Autorais 
Texto: Wilson Menezes
Imagem: Correio da Bahia

As eleições 2012 deixaram nas ruas de Salvador cerca de noventa toneladas de lixo, segundo a Limpurb. Todo esse lixo é resultado dos materiais de campanhas, os conhecidos “santinhos”, produzidos pelos candidatos. Mas, com o fim do primeiro turno, o resultado é muita sujeira nas ruas da cidade.

Por sorte, tivemos um dia ensolarado, pois com chuva o prejuízo ao meio ambiente seria ainda maior. Por isso, ressalto a importância dos agentes de limpeza pública de todo Brasil que tiveram muito trabalho para recolher as sujeiras deixadas pelos candidatos.   

domingo, 7 de outubro de 2012

A Cidade Espera Seu Voto Limpo

Créditos Autorais 
Texto: Wilson Menezes
Imagem: Google;  Expressmt










O conhecimento nos permite muito mais do que só saber algo, ele nos permite fazer, agir, participar... Mas apenas o conhecimento não é suficiente para alterar uma determinada condição social que afeta uma comunidade. É preciso a interação com um complexo sistema de relações de poder, o qual esteja apoiado no lastro da democracia. Assim é possível um movimento direcionado não só aos interesses individuais, mas ao bem comum de toda coletividade.

São complexas as atribuições do indivíduo em uma sociedade, porque mudar um sistema é muito difícil e deixá-lo como se encontra é acreditar que ele já mais poderá ser mudado. É justamente essa sensação que se tem do sistema democrático brasileiro e de todas as implicações que ele trás na formação do tecido social. Parece fácil apontar o que está errado, mas não é tão simples fazer o certo acontecer. Hoje, a população brasileira vive um momento favorável com relação ao processo democrático, se comparado a um passado não muito remoto.

A participação ativa da sociedade civil na construção de arenas com redes de atores sociais mais articuladas permitiu mudanças sociais significativas. Contudo, isso é só um processo, muitas coisas ainda precisam se ajustar. É importante exercitar a cidadania todos os dias.


Hoje, 07 de outubro de 2012, temos um compromisso com a sociedade e com a cidadania. O voto é uma decisão individual, mas o resultado dessa escolha solitária envolve toda coletividade. Nessas eleições, estará em nossas mãos, ou melhor, na ponta dos nossos dedos o futuro de uma CIDADE pelos próximos quatro anos. Por isso, vote limpo e consciente para poder cobrar depois.  

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Primavera Sem Verde

Créditos Autorais 
Texto: Wilson Menezes
Imagem: Google Earth
Vista do local citado

Ao passar próximo às obras da Arena Fonte Nova, na área do Dique do Tororó, constatei mais um fato lamentável que estão fazendo com os espaços públicos da Cidade de Salvador em nome do desenvolvimento. Refiro-me a mais um canteiro central erradicado para dar espaço para asfalto e concreto.  

No início das obras, foram erradicados vários pés de hibiscos tropicais, uma planta conhecida também como graxa-de-estudante, para a construção do canteiro de obra no local. Tinha esperança que, depois da conclusão da Arena, aquele jardim fosse reestruturado com novas espécies de plantas, mas o que percebo é que, provavelmente, ele não existirá mais.
 
A intervenção viária executada naquele local erradicou não só o canteiro central, mas também reduziu os passeios e as passagens gramadas à margem da pista de rolamento. Contudo, a degradação das áreas verdes da cidade não é exclusividade das obras da Arena Fonte Nova. Isso acontece também na Vasco da Gama, onde várias árvores foram cortadas para permitir a construção de novas vias.

Tudo indica que as questões da sustentabilidade continuarão sem incomodar os nossos engenheiros e urbanistas e, sobretudo, a nós soteropolitanos que assistimos tudo isso da arquibancada sem participar do jogo.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Reflexão


“Cada pessoa, mergulhada em si mesma, comporta-se como se fora estranha ao destino de todos as demais. Seus filhos e seus amigos constituem para ela a totalidade da espécie humana. Em  suas transações com seus concidadãos, pode misturar-se a eles, sem no entanto vê-los; toca-os, mas não os sente; existe apenas em si mesma e para si mesma. E se, nestas condições, um certo sentido de família ainda permanecer em sua mente, já não lhe resta sentido de sociedade.” 
Aléxis de Tocqueville