quinta-feira, 28 de junho de 2012

Por onde anda o pedestre de Salvador 2


Créditos Autorais 
Texto e Imagens:Wilson Menezes
Fonte visitada:Mobilize



A minha impressão é que o pedestre de Salvador anda alheio aos que está acontecendo, anda distraído demais para entender que um pequeno desvio de um obstáculo, que o obriga caminhar entre os carros na rua, põe sua vida em risco. O pedestre anda como fosse único, mas são muitos.

O fato de a condição de pedestre ser circunstancial ou momentânea não torna os problemas das calçadas apenas responsabilidade dos outros, do outro que passa do lado, do mesmo lado, do seu lado, do nosso lado. Para mim, são justamente questões ideológicas como essas que dificultam a mobilização em prol de melhores condições de acesso e de mobilidade urbana. 
 
A pouca atenção que é dada às infraestruturas e mobiliários urbanos que beneficiam os pedestres envolve ainda outras questões como o aspecto socioeconômico. Salvador é, como outros lugares, uma cidade de contastes. E a desigualdade socioespacial influencia muito o tipo de atenção que terá cada bairro ou localidade, não estou falando nenhuma novidade.

As melhorias são de acordo com o status do local, os seja, se é um bairro nobre, geralmente, há uma boa infraestrutura, basta observar que a pior calçada indicada pela pesquisa da Mobilize é a da Ladeira da Fonte Nova com 0,25 pontos, enquanto a segunda melhor é a do Calçadão da Barra com nota máxima.

Percebo que algumas áreas nobres da cidade têm maior atenção do poder público. Por isso é muito importante que os pedestres de Salvador andem mais atento para tudo isso.


Dessa reflexão surge outra pergunta para outro artigo: por onde anda a elite econômica de Salvador?

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