Créditos Autorais
Texto e Imagens:Wilson Menezes
Fonte visitada:Mobilize
A
minha impressão é que o pedestre de Salvador anda alheio aos que está
acontecendo, anda distraído demais para entender que um pequeno desvio de um
obstáculo, que o obriga caminhar entre os carros na rua, põe sua vida em risco.
O pedestre anda como fosse único, mas são muitos.
O fato de a condição de pedestre ser
circunstancial ou momentânea não torna os problemas das calçadas apenas
responsabilidade dos outros, do outro que passa do lado, do mesmo lado, do seu
lado, do nosso lado. Para mim, são justamente questões ideológicas como essas
que dificultam a mobilização em prol de melhores condições de acesso e de
mobilidade urbana.
A
pouca atenção que é dada às infraestruturas e mobiliários urbanos que beneficiam
os pedestres envolve ainda outras questões como o aspecto socioeconômico.
Salvador é, como outros lugares, uma cidade de contastes. E a desigualdade socioespacial influencia muito o tipo de atenção que terá cada bairro ou
localidade, não estou falando nenhuma novidade.
As
melhorias são de acordo com o status do local, os seja, se é um bairro nobre, geralmente,
há uma boa infraestrutura, basta observar que a pior calçada indicada pela
pesquisa da Mobilize é a da Ladeira da Fonte Nova com 0,25 pontos, enquanto a
segunda melhor é a do Calçadão da Barra com nota máxima.
Percebo que algumas áreas nobres da cidade têm
maior atenção do poder público. Por isso é muito importante que os pedestres de
Salvador andem mais atento para tudo isso.
Dessa
reflexão surge outra pergunta para outro artigo: por onde anda a elite
econômica de Salvador?
Nenhum comentário:
Postar um comentário
O seu comentário é muito importante. Obrigado