domingo, 10 de junho de 2012

As Demandas Sociais e a Mídia Informativa


Créditos Autorais 
Imagem: Web/Google

Não se pode negar a força da mídia na configuração da sociedade. Os assuntos das conversas do dia-a-dia são selecionados estrategicamente pela mídia com determinados propósitos, comentamos o que ela gostaria que comentássemos. Isso pode até parecer teoria da conspiração, pois é algo complexo e latente, mas não é tão difícil de perceber quando acessamos alguns veículos midiáticos como jornais, por exemplo, e observamos que a maioria deles destaca o mesmo assunto.

No entanto, a sociedade também pode influenciar a mídia em beneficio próprio. Pessoas, grupos e comunidades podem sinalizar, sim, o que os meios de comunicação vão tratar e disseminar. Podemos citar como exemplo a pesquisa que mapeou as piores calçadas do Brasil, realizada pelo Mobilize Brasil. Antes de essa pesquisa ser divulgada, em abril deste ano, não havia quase nada na imprensa sobre as condições das calçadas. Mas, hoje, se colocarmos “piores calçadas” no site de busca, teremos uma ideia do quanto esse assunto foi comentado na mídia e nas redes sociais nos últimos dias.

Do mesmo modo como o problema das calçadas estava esquecido, existem muitos outros problemas sociais que não chagam na mídia por falta da iniciativa da própria comunidade ou grupo que os vivenciam, mas não os tornam públicos por desinformação ou por não acreditarem que a sua iniciativa pode fazer a diferença. Contudo, muitas ações governamentais só são realizadas quando a pressão popular, de alguma forma, alcança a mídia.

Se bem utilizada, a mídia pode e deve ser uma forte aliada da sociedade, um poderoso instrumento de pressão popular nas reivindicações das demandas sociais. A mídia informativa tem um papel social que vai muito além do sensacionalismo promovido por profissionais de caráter duvidoso.




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