segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Perigo Expresso na Via

Créditos Autorais 
Texto e imagemWilson Menezes

As obras da Via Expressa Baia de Todos os Santos já estão bem avançadas, a maioria dos viadutos que compõem o complexo viário está liberada ao trânsito de veículos. Contudo, até o momento, não foi construída nenhuma passarela de pedestre. Isso significa que a segurança das pessoas que transitam pelo local a pé estar sendo negligenciada. São trabalhadores, pais e mãe de família, estudantes, pessoas idosas e com deficiência física que necessitam atravessar de um lado para o outro da avenida.  O que se ver ao logo da Avenida Heitor Dias, a qual integra a Via Expressa, são pontes improvisadas cruzando o trecho do rio que escapou dos tampões de concreto.

Já houve ocorrências de acidente no local, inclusive com morte, mas infelizmente nada mudou para preservar a vida dos pedestres que se aventuram na travessia das pistas. Apesar da existência de alguns semáforos e faixas de pedestre, não representa segurança, pois os veículos imprimem alta velocidade nas pistas com asfaltos novos. Um convite à imprudência dos maus motoristas que circulam na via.

Por isso, perguntamos aos responsáveis pela obra: afinal, quando chegará a vez das passarelas da Via Expressa Baia de Todos os Santos? Pelo menos esperamos que um dia elas sejam construídas. Mas enquanto isso, rezaremos por Todos os Santos para que protejam as pessoas que por essa via transitam.  

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Prefeitura de SP quer rever lei sobre donos que não cuidam de calçadas


A lei vai continuar tendo uma multa, mas a prefeitura quer orientar os cidadãos para conservarem o passeio público.


Créditos Autorais 
 Reportagem original: G1/Bom Dia Brasil

Um problema de todas as cidades do Brasil: calçada. Uma em cada cinco vítimas de quedas, atendidas no Hospital de Clínicas de São Paulo, cai nas calçadas da cidade.
Falta manutenção, e a culpa não é só do governo. A responsabilidade é do dono do imóvel. O novo prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, quer rever uma lei que multa os donos que não cuidam das próprias calçadas. A multa vai continuar, mas a prefeitura quer orientar os cidadãos para que eles aprendam de vez a preservar o passeio público.
É difícil andar pelas cidades brasileiras. São calçadas com buracos, obstáculos, degraus. “A gente que tem certa idade, é pior ainda. Vou me equilibrando, senão eu caio”, conta Daniel de Moraes, aposentado.
“É muito difícil, tem que ficar atravessando de um lado para outro para desviar das barreiras, construção, lixo. É horrível”, afirma Fernanda Maria Ferreira, fonoaudióloga.
Uma cadeirante desce pela rua em pleno Centro de São Paulo porque é impossível usar a calçada. Tem muita coisa impedindo a passagem dela: dois postes, um orelhão e uma árvore. “Não dá para passar. Tem buraco, eu vim pela rua mesmo”.
No Centro de São Paulo, faltam vários pedaços do piso e um buraco muito grande, bem na frente de um ponto de ônibus, dificultam a entrada e saída de passageiros.
“Eu vinha com a minha filha e desci do ônibus, pisei bem no buraco e cai. Fiquei três dias com o pé imobilizado. É um absurdo”, conta Andrea Silva, vendedora.
Na cidade de São Paulo, a lei prevê multa para os donos de imóveis que não consertam a própria calçada. Mas o novo prefeito quer orientar e ajudar os cidadãos para que as calçadas sejam de fato consertadas, antes da multa. Uma possibilidade é a prefeitura contratar o serviço de correção e oferecer ao cidadão a um custo mais baixo.
Uma em cada cinco vítimas de queda sofre o acidente em calçadas, segundo um estudo feito pelo Hospital das Clínicas de São Paulo. E o salto alto não é o vilão da história. Só 8,5% das pessoas que caíram usavam salto. A maior parte estava de tênis.
“Praticamente todas as cidades brasileiras, pequenas, médias, grandes capitais, todas elas enfrentam o mesmo problema da falta de cuidado na construção e principalmente na manutenção das calçadas”, explica Marcos de Souza, coordenador da Campanha Calçadas do Brasil.
Em Recife, os cadeirantes também sofrem. Manaus é outro exemplo de cidades em que os pedestres correm risco. “Uma cidade com calçadas confortáveis, que você pode andar tranquilamente, sendo respeitado, é uma cidade civilizada, que acolhe bem e respeita seus cidadãos”, diz Marcos de Souza.
A prefeitura de Recife afirmou que as calçadas são de responsabilidade dos donos dos imóveis.
Em Manaus, a prefeitura disse que vai iniciar um projeto de recuperação das calçadas.


Veja reportagem original em G1/Bom Dia Brasil

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Pedestre é expulso das calçadas em Salvador por todo tipo de tranqueira


Há buracos, lixo, ambulantes e até carros


Créditos Autorais 
TextoNaira Sodré
 Reportagem original: Tribuna da Bahia

Foto Romildo de Jesus
Calçadas esburacadas, cheias de lixo, barracas, vendedores ambulantes e carros que tomam o lugar do pedestre formam o quadro que se vê em toda a Salvador.
Segundo o urbanista Fernando de Oliveira, “a necessidade de calçadas de qualidade vale para todos: adultos, jovens, crianças, idosos e pessoas portadoras de deficiência física, que precisam que a cidade ofereça pavimentos bem nivelados, sem buracos e dotados de rampas de acesso para cadeiras de rodas. Mas, infelizmente, em Salvador as pessoas dão pouca importância às calçadas. Motoristas estacionam carros em cima dos passeios, forçando o pedestre a andar no meio dos carros, e se alguém reclamar ainda acham que o pedestre está errado”, enfatizou.
A vendedora Sirleide Maria da Silva concorda e reclama das calçadas na Djalma Dutra e na Av. Vasco da Gama: “Elas aqui são horríveis. Além de carros estacionados, há lixo em vários pontos e muitos buracos”, disse.
Na Avenida Joana Angélica são as barracas em cima dos passeios que impedem a circulação de pessoas. No centro da cidade, Avenida Sete de Setembro, os camelôs entopem as calçadas e as pessoas são obrigadas a circular em meio aos carros.
Segundo pesquisa feita pela equipe do portal Mobilize Brasil, que saiu pelas ruas de algumas capitais brasileiras para avaliar a situação das calçadas do país, Salvador mecere nota 4,61, em uma escala que vai de 1 a 10.
Em Salvador, a calçada que recebeu a média mais alta (10) foi a da Barra, na Avenida Oceânica, a do Corredor da Vitória ficou com 8, a da Orla de São Tomé de Paripe (Subúrbio Ferroviário), 7,38, Rua do Hospital Geral do Estado, média 7,13, Rua Conselheiro Junqueira Ayres (Centro),5,88, Largo da Calçada (Cidade Baixa), 4, Ladeira dos Barris (Centro), média 3,25, Rua Benjamin de Souza (São Tomé de Paripe), 2,5, Avenida Afrânio Peixoto (Av. Suburbana),1,25, Avenida Vasco da Gama,1,13 e Rua Régis Pacheco (Cidade Baixa) 0,63.
Sensores de qualidade de vida
Além da importância para o transporte, as calçadas funcionam também como um “sensor” da qualidade de urbanização de uma cidade. Alguns pensadores afirmam que se pode medir o nível de civilização de um povo pela qualidade das calçadas de suas cidades.  
Para o urbanista Fernando de Oliveira, elas devem ser suficientemente largas e, sempre que possível, protegidas por arborização para conforto de quem anda sob o sol. E bem iluminadas, para quem caminha à noite.
“Outros itens que não podem ser esquecido são bancos e jardins, sempre que houver espaço. São um sinal de gentileza urbana precioso, que se contrapõe à correria de nossos dias. E, ainda, calçadas devem ser complementadas por faixas de segurança, equipamento básico para a travessia segura das ruas. Além disso, semáforos especiais, placas de sinalização e outros equipamentos de segurança podem ser necessários nas vias de maior movimento”, explicou.
Reportagem original Tribuna da Bahia